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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A cigarra e a formiga de La Fontaine

A cigarra e a formiga

Tendo a cigarra em cantigas
fogando todo o verão,
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
quis valer-se  da formiga
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Até voltar o aceso estio.

- "Amiga", diz a cigarra,
- "Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal."

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.
Responde a outra: - "Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora."

- "Oh! bravo!", torna a formiga.
- "Cantavas? Pois dançe agora!"
 
Moral: os que não pensam no dia de
amamhã, pagam sempre um alto preço
por sua imprevidência.




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